segunda-feira, 20 de abril de 2009

Gestor público municipal e a atual crise econômica

A atual crise econômica vem ameaçando significativamente os grandes setores produtivos da economia brasileira. As conseqüências deste processo é que o crédito foi reduzido de forma generalizada, a taxa de desemprego vem crescendo a cada dia e os gastos de consumo e de investimento vêem caindo, iniciando-se um efeito dominó. Este efeito constitui principalmente no fato de que as empresas passaram a rever seus investimentos, já que houve uma queda acentuada nas vendas de bens e serviços, principalmente aquelas empresas que dependem de financiamento. Esta retração é inevitável por conseqüência do aumento de desemprego e diminuição do consumo no mundo, que já atinge o Brasil, seus Estados e Municípios.

Vejo que a crise está refletindo mudanças no comportamento do governo, das pessoas e das empresas, iniciando-se um novo processo de adaptação econômica em virtude do processo iniciado pela crise.

O poder público municipal tem papel fundamental na construção da competitividade das micro e pequenas empresas, pois o mesmo tem capacidade de mobilização única - na criação de políticas públicas de apoio a este segmento- o qual representa 98,5% das empresas no Brasil, responsável por 51% da força de trabalho, 38% da massa salarial e 20% do Produto Interno Bruto.

Estamos em um século que o gestor público não deve somente desenvolver programas na área de educação, saúde, segurança pública e infraestrutura, devendo ir muito além, o grande desafio do atual gestor público é promover o desenvolvimento econômico e social através do apoio às pequenas empresas.

A lei geral é um mecanismo que prevê o tratamento jurídico diferenciado e favorecido às micro e pequenas empresas. Hoje, o gestor público possui uma ferramenta que promoverá o desenvolvimento municipal, trazendo reflexos como, geração de emprego, renda e dinamização econômica.

O municipio deverá realizar compras exclusivas com as micro e pequenas empresas, criar políticas municipais de apoio ao crédito, incentivo a inovação tecnológica, apoio ao associativismo e cooperativismo, incentivos tributários, criação da sala do emprendedor, etc. Com isso, o município poderá atrair novos investimentos, aumentar a base de arrecadação, dinamizar a economia, aumentar o número de empresas formais e por consequência melhorar a qualidade de vida dos indivíduos.

Fica então aí o desafio ao gestor público: a postura empreendedora deve ser desenvolvida e lapidada em boas práticas de empreendedorismo municipal.

Um comentário:

  1. Parabéns pelo blog Giovanni.
    Um Abraço
    Rafael Motta
    esqueciasenha@gmail.com

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